segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Slow-food

Face ao desenvolvimento do fast-food, em 1989 surgiu uma resistência organizada sob a designação de slow-food. O convivium é o local onde se encontram os amigos de uma mesma região para apreciar os momentos de convívio. O movimento pretende combater a cultura do fast-food propondo restaurar as tradições, os pratos regionais e os sabores locais. Face à colonização cultural e à introdução do fast-food, comemos sem saber o que comemos, em nome da rapidez e da conveniência.

O consumidor acaba por ignorar a diversidade gastronómica e a cultura do planeta... Slow-food propõe a filosofia do prazer e um programa de educação do bom gosto, de salvaguarda da herança vinícola e gastronómica tradicionais.

Informativo e pedagógico, o movimento slow-food prossegue objectivos ambiciosos:

1. recuperar as tradições que estão em vias de se perder;
2. defender os produtos locais;
3. reinvidicar os prazeres da mesa;
4. educar o paladar das crianças para que possam descobrir o universo dos sabores, não cedendo perante falsos alimentos industriais e não seguindo o fast-food vulgar e monótono dos adultos;
5. demonstrar quais as carências alimentares provocadas pela restauração de refeições rápidas;
6. divulgar as virtudes da dieta mediterrânica e dos produtos biológicos locais;
7. estipular um preço para os produtos, restaurantes e estabelecimentos que manifestem a sua qualidade de slow-food face à «McDonalização».


Fonte: Jean-Claude Rodet [doutorado em Agronomia, Ecologia, Medicina e Saúde Animal] e Francine Fleury Rodet [educadora especializada em cozinha natural].