segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O caminho para o equilíbrio

A proliferação de doenças como a anorexia nervosa ou a bulimia – disfunções alimentares caracterizadas por uma rígida e insuficiente dieta alimentar que provocam stress físico e psicológico e diminuição acentuada do peso corporal – afecta sobretudo adolescentes do sexo feminino, jovens mulheres do Hemisfério Ocidental ou mesmo diversos jovens do sexo masculino.

Torna-se assim cada vez mais imperativo procurar um equilíbrio, que passa pela implementação de uma alimentação equilibrada e variada, que, associada à prática regular de actividade física pode contribuir bastante para a promoção de um estilo de vida saudável.

A alimentação racional baseia-se em alguns princípios básicos que contribuem para um bom estado geral, a nível físico e psicológico, sendo eles: o equilíbrio na qualidade e na quantidade, através de um consumo racional, em cada refeição, de, pelo menos, um alimento representante de cada grupo da roda dos alimentos; a variedade, pela necessidade de escolher alimentos diferentes e diversificados, dentro de cada grupo; a exequibilidade, ou seja, o consumo de elementos próprios de cada época do ano; a realização de um número de refeições adequado e cumprimento de horários, o que contribui para a regulação biológica do organismo; a compreensão das excepções, circunstâncias ocasionais em que pode existir um consumo excessivo de alguns alimentos menos próprios, geralmente em determinadas épocas (festivas) do ano, sem perder a noção do razoável.

Tal como refere a Direcção-Geral de Saúde, “o papel da família na alimentação e na educação alimentar das crianças e jovens é inquestionável, mas a escola e, em especial, o jardim-de-infância, assume aí uma particular importância”. Será, então, essencial iniciar esta procura do equilíbrio e da implementação de uma alimentação saudável, através da promoção da educação do individuo, da criança ou do jovem, desde muito cedo, aproveitando assim o papel formativo da escola.

É tempo de actuar por uma intervenção cívica em defesa de uma melhor alimentação e de fazer com que frases como as deste artigo readquiram em pleno o seu significado. Em suma, uma alimentação saudável faz um cidadão responsável…

Obesidade e globalização vs dieta mediterrânea

Actualmente, estima-se que 300 milhões de pessoas em todo o mundo sofram de obesidade – acumulação excessiva de gordura no organismo, acima de 15% do peso normal –, sendo que mais de 50% da população adulta na Austrália, Irão, Arábia Saudita e Estados Unidos da América sofre de excesso de peso ou obesidade, não esquecendo ainda o problema da obesidade infantil, que afecta 25% das crianças destes países.

Acredita-se que a globalização seja uma das causas do aumento galopante da obesidade, visto ter contribuído não só para a internacionalização de alguns alimentos e tipos de alimentação (fast-food), como também para uma redução da prática da actividade física e implementação de um estilo de vida sedentário. Reflexo da influência americana em diversos pontos do globo, a fast-food pode, no entanto, ser evitada em países como Portugal, onde são produzidos todos os alimentos necessários para manter uma alimentação saudável, não sendo mesmo necessário recorrer a alimentos importados para satisfazer as necessidades nutricionais.

Surge assim uma necessidade inquestionável de combater a proliferação e implementação de tais hábitos alimentares, em detrimento dos quais podem ser adoptadas as dietas tradicionais, como a dieta mediterrânea, considerada a mais saudável do mundo e a mais adequada para prevenir ou tratar doenças resultantes de alimentação excessiva ou desequilibrada. Com efeito, além de os seus seguidores terem uma menor probabilidade de sofrerem de síndroma metabólico, doença cardíaca ou cancro, a dieta mediterrânea representa um dos mais importantes legados da cultura mediterrânea, razão pela qual Espanha solicitou à Comissão Europeia que a dieta mediterrânea fosse considerada Património Cultural Não Material da Humanidade.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Por uma alimentação saudável: a procura do equilíbrio

“Não basta ter acesso a bens alimentares. É necessário saber comer – saber escolher os alimentos de forma e em quantidades adequadas às necessidades diárias, ao longo das diferentes fases da vida”. Frases como esta têm vindo a banalizar-se ao longo dos tempos, sobretudo nos últimos anos, em que a consciência dos problemas de saúde e alimentação adquiriu particular importância. Com o tempo, este tornou-se apenas num dos muitos conselhos rotineiros que a sociedade se acostumou a ouvir passivamente, pelo que se foi perdendo grande parte do seu significado.



Há muito que se vem difundindo a ideia de que comer bem não é comer muito, mas sim comer de forma inteligente e saudável. Porém, nos países ocidentais, onde se encontram precisamente as maiores taxas de alfabetização e níveis culturais mais elevados, o excesso de comida (e de bebida), associado a um estilo de vida sedentário, está na base de algumas doenças que mais contribuem para a mortalidade, tratando-se de um factor predisponente para a obesidade, hipertensão, aterosclerose, diabetes tipo 2 e determinadas formas de cancro. Com efeito, problemas como a hipertensão, os elevados níveis de colesterol, o excesso de peso, o sedentarismo, o elevado consumo de sal, de gordura saturada e de ácidos gordos e o baixo consumo de fruta e vegetais são apontados, no Relatório Mundial da Saúde de 2002, como os principais factores de risco para as doenças crónicas.

E de acordo com a Dr.ª Vanessa Candeias, nutricionista na OMS (Organização Mundial de Saúde), em Genebra, “o consumo reduzido de fruta e vegetais causa, a nível global, cerca de 31% das doenças isquémicas cardíacas e 11% dos enfartes”. A nutricionista frisa mesmo que “apesar de a OMS recomendar […] a ingestão diária de 400 gramas de fruta e hortícolas, verifica-se um consumo global inferior ao recomendado”, sendo que “aproximadamente 2,7 milhões de vidas poderiam ser salvas todos os anos se se aumentasse o consumo destes alimentos”. Assim, medidas como o aumento da actividade física ou a redução global da percentagem de gordura na dieta podem beneficiar toda a população. Como não pensar duas vezes, quando 80% das doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2 podem ser prevenidas, assim como 40% dos cancros?


O planeta pode estar a perder a coluna vertebral da biodiversidade

A primeira grande avaliação à escala global da taxa de declínio dos vertebrados concluiu que a Terra pode estar a perder a coluna vertebral da biodiversidade. Quase um quinto de todas as espécies de vertebrados tem o estatuto de “quase ameaçadas” no Livro Vermelho da União Internacional para a Conservação da Natureza. Além disso, uma média de 52 espécies de mamíferos, aves e anfíbios sobem todos os anos uma categoria no estatuto de conservação que as aproxima da extinção.

Estas são algumas das conclusões de uma avaliação do estatuto dos vertebrados a nível mundial, liderada por Michael Hoffmann, da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). Estiveram envolvidos 174 cientistas, de 115 instituições e 38 países, que publicam hoje esta investigação na edição online da revista Science. Na mesma edição é também publicada uma análise global de vários estudos sobre biodiversidade, feita por uma equipa de 23 cientistas de nove países, liderada pelo português Henrique Miguel Pereira, do Centro de Biologia Ambiental da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, e por Paul Leadley, da Universidade Paris-Sul.

O estudo coordenado por Michael Hoffmann utilizou informação existente no Livro Vermelho sobre 25 mil espécies de vertebrados (mamíferos, aves, anfíbios, répteis e peixes), para ver se o seu estatuto de conservação sofreu alterações ao longo do tempo. Em termos de extinção, esse estatuto é classificado segundo as categorias de “pouco preocupante”, “quase ameaçado”, “vulnerável”, “em perigo”, “criticamente em perigo”, “extinto na natureza” ou “extinto”.


Ora, 20 por cento dos vertebrados de todo o mundo estão hoje classificados como “quase ameaçados” – incluindo 25 por cento de todos os mamíferos, 13 por cento das aves, 22 dos répteis, 41 dos anfíbios, 33 dos peixes cartilaginosos e 15 dos peixes com ossos. Embora os vertebrados sejam apenas três por cento de todas as espécies da Terra, sublinha um dos vários comunicados de imprensa sobre esta avaliação, eles representam papéis vitais nos seus ecossistemas e têm grande importância cultural e económica para os seres humanos.

“A ‘coluna vertebral’ da biodiversidade está a ser erodida”, lamenta o famoso biólogo norte-americano Edward O. Wilson, da Universidade de Harvard, citado num dos comunicados. “Um pequeno passo para cima no Livro Vermelho é um grande passo em direcção à extinção. Esta é apenas uma pequena janela para as perdas globais que actualmente estão a ocorrer.”

Os vertebrados nas regiões tropicais, em particular no Sudoeste asiático, são os que têm conhecido o declínio mais acentuado. A expansão agrícola, o corte de árvores e a caça estão entre as principais causas desse declínio.

Nem tudo é mau. A avaliação também sublinha que as perdas e o declínio teriam sido cerca de 20 por cento piores se não tivessem sido postas em prática acções de protecção das espécies em risco. Os esforços de conservação têm sido mais eficazes no combate às espécies invasoras do que na luta contra a perda de habitats ou a caça.

E a avaliação realça 64 exemplos de mamíferos, aves e anfíbios que tiveram melhorias graças a acções de conservação, incluindo três espécies que tinham sido dadas como extintas na natureza (o condor da Califórnia e o furão de patas negras, nos Estados Unidos, e o cavalo de Przewalski, na China e Mongólia) e estão em recuperação.
 
Fonte: Público/ecosfera

domingo, 14 de novembro de 2010

HOME - Nosso Planeta, Nossa Casa


Em algumas poucas décadas, a humanidade interferiu no equilíbrio estabelecido no planeta há aproximadamente quatro biliões de anos de evolução. O preço a pagar é alto, mas é tarde demais para ser pessimista. A humanidade tem somente dez anos para reverter essa situação, observar atentamente à extensão da destruição das riquezas da Terra e considerar mudanças em seus padrões de consumo. Ao longo de uma sequência única através de 54 países, toda filmada dos céus, Yann Arthus-Bertrand divide connosco sua admiração e preocupação com esse filme e finca a pedra fundamental para mostrar que, juntos, precisamos reconstruí-lo.



Mais do que um filme, HOME - NOSSO PLANETA, NOSSA CASA tem por objectivo aguçar a nossa percepção sobre os problemas ambientais enfrentados pelo mundo, causando um impacto imediato sobre a sensibilidade de qualquer um que o assistir. 

Pode visualizar o filme HOME na seguinte página: www.home-2009.com



Fonte: www.home-2009.com

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Sementes de Chia

As sementes de chia são um dos alimentos mais poderosos, funcionais e nutricionais do mundo, porque são uma excelente fonte de fibra, com antioxidantes e minerais, e a fonte vegetal conhecida mais rica em ácidos gordos ómega 3. Ainda mais rica do que a Quinoa, por exemplo.

Estas pequenas sementes de forma oval (2 mm de comprimento) são originárias da planta do deserto Salvia Hispânica, da família da menta, no sul do México. Há sementes cinzentas, castanhas, pretas e brancas. A variedade de sementes brancas é designada como Salba. Na Era Pré-Columbiana, as sementes de chia eram um componente das dietas aztecas e maias. A chia representava a ração de sobrevivência dos guerreiros aztecas. 2 colheres de sopa destas sementes conseguiam sustentar um guerreiro que marchava durante 24 horas. Os aztecas pagavam os seus impostos com estas sementes que eram, também, usadas como moeda.

Chia é a palavra Maia para designar força. As sementes eram utilizadas por estas culturas como alimento de mega-energia.



Hoje em dia, estudos científicos provam que a chia proporciona grande número de nutrientes interessantes, de tal modo que esta semente mágica é momentaneamente redescoberta pelos nutricionistas e está ganhando rapidamente uma enorme popularidade, quer seja na alimentação humana ou na dos animais.

  • Têm um ratio perfeito 3:1 ómega 3 – ómega 6 que é essencial.
  • Possuem cinco vezes mais cálcio do que o leite e duas vezes mais potássio que as bananas.
  • Possuem três vezes mais anti-oxidantes que as famosas uvas-do-monte e três vezes mais ferro que o espinafre.
  • Boa fonte de fósforo, magnésio e manganésio.
  • Excelente fonte de proteínas, com todos os aminoácidos em perfeito equilíbrio.
  • São também mais ricas em fibras do que a aveia e contêm mais ómega 3 que a linhaça.
  • Possuem mais antioxidantes que os mirtilos.

A composição da chia pode ser comparada com a de outras sementes mucilaginosas como a linhaça e o psílio. Ao contrário da linhaça, a chia não contém factores anti-nutricionais, factores que no caso da linhaça limitam a sua utilização sem tratamento de calor preliminar. Factores anti-nutricionais são os glicósidos cianogénicos ou linatina, que são antagonistas da vitamina B6, o que na realidade quer dizer que impedem a vitamina B6 de actuar no metabolismo. Além disso, a chia tem um sabor muito mais agradável do que a linhaça de tal modo que os pássaros a ingerem com mais apetite.

A chia contém não menos do que 23 % de ácidos gordos poli insaturados, dos quais 18% sob forma de ácido linoleico. Os ácidos gordos ómega 3 são ácidos gordos absolutamente indispensáveis para o Homem e para os animais; entre outros aumentam a resistência contra doenças e têm propriedades anti-inflamatórias. Além disso o óleo da chia é rico em antioxidantes naturais (p.e. ácido clorogénico e ácido cafeico). Assim, o óleo da chia tem uma forte actividade antioxidante e impede a oxidação das gorduras (= ranço). Isto explica a razão pela qual os ácidos gordos ómega 3 administrados através da chia são extremamente estáveis e podem ser conservados durante muito tempo, contrastando com o que se passa com a maior parte das outras fontes de ómega 3.


Actualmente a chia é cultivada para fins comerciais no México, Argentina, Bolívia, Peru e Colômbia.

Sugestão de utilização:

  • Pode ser adicionada a sumos e batidos, iogurtes, saladas, cereais, sopa.
  • Pode ainda moê-las e adicioná-las à farinha para fazer pão.
  • Também pode usá-las como bebida fresca, colocando 2 colheres de chá de sementes de chia em 250 ml de água, mexendo e deixando repousar até criar um líquido ligeiramente gelatinoso.
  • Como as sementes conseguem absorver várias vezes o seu peso de água formando uma espécie de gelatina são óptimas como substituto de ovo.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Think Smart Things

A vida moderna cada vez mais agitada, tem dificultado uma alimentação saudável e equilibrada. Contudo, a alimentação tem um papel fundamental na manutenção da saúde, bem-estar físico, psicológico e no retardamento do processo degenerativo. O alimento deve fornecer toda a estrutura nutricional para o pleno funcionamento da mente e do corpo físico.

Compreendemos que a ingestão excessiva e inadequada de alimentos e a vida sedentária, têm sido responsáveis por grande parte dos casos de aumento de peso corporal, distúrbios alimentares e patologias. Não basta ter acesso a bens alimentares. É necessário saber comer - saber escolher os alimentos com qualidade nutricional, sendo os de cultura biológica os mais adequados a este objectivo.

Comer bem não é comer muito, mas sim comer de forma inteligente e saudável.

A Quinta Gardénia promete experiências gastronómicas exaltantes com pratos tradicionais mas simultaneamente inovadores dentro de um estilo BioMind.


Aqui, privilegia-se a cultura slow-food, começando desde logo pelo cuidado na preparação e selecção dos produtos, à confecção lenta e habilidosa de ingredientes frescos e 100% biológicos, sempre acompanhado de bom azeite biológico e de ervas do monte.